Elaborar um orçamento de obras não é uma tarefa tão simples quanto se imagina. Diversas variáveis devem ser levadas em consideração para que não haja impactos na entrega do projeto, tanto em qualidade, quanto em prazo.

No artigo de hoje, saiba quais são os principais aspectos a serem consideradas na elaboração do seu orçamento de obra. Acompanhe.

O que saber para criar um orçamento de obra?

#1 Faça uma estimativa de custos

De acordo com a fase em que o projeto se encontra, é possível alterar o orçamento conforme a definição do escopo, e, dependendo do estágio, ele pode ser classificado como estimativa de custo, orçamento preliminar e analítico. Vejamos cada um deles.

Quando fazer uma estimativa de custos?

Como o próprio nome já diz, estimativa de custos é a avaliação aproximada do custo do projeto, tomando por base projetos anteriores, tabelas desenvolvidas pela empresa ou por meio do conhecimento do engenheiro ou mestre de obras.

Porém, este orçamento (inicial) é somente uma baseline de quanto poderá ser o gasto com aquele projeto, não podendo ser considerado o orçamento de obra oficial.

De acordo com o tipo de construção, o número de pavimentos, de cômodos e o padrão de acabamento, já é possível estabelecer o orçamento de obra inicial, facilitando a comunicação entre empresa e cliente desde o início das iterações.

Quando fazer um orçamento preliminar?

Quando se tem um grau de detalhamento maior que a estimativa de custo, já é possível entrar no orçamento preliminar. Nesta fase, o orçamento de obra é realizado de acordo com pacotes de trabalho menores, que facilitam a sua mensuração.

Por exemplo, ao fazer um orçamento de um prédio de 10 pavimentos, é possível saber a quantidade de concreto, madeira, tijolos, e equipamentos, como plataformas elevatórias, elevadores e misturadores de concretos, que será necessária para a realização do projeto.

#2 Faça um orçamento analítico

O orçamento de obra analítico já é aquele com todos os dados, de maneira estruturada e detalhada, para conhecer os custos envolvidos no projeto. A quantidade de materiais necessários, os equipamentos envolvidos e a mão de obra que será demandada para cada fase do projeto estão descritos neste documento.

Assim, fica mais fácil cliente e fornecedor entenderem a composição de custos de cada processo que será realizado na obra, podendo dividi-los em diretos (materiais, equipamentos e mão de obra) e indiretos (custos com da empresa, salários administrativos, impostos, lucros).

#3 Utilize apenas os recursos necessários

Toda empresa tende a realizar o orçamento de obra de maneira diferente. Enquanto umas visam ter competitividade de mercado por meio do preço, outras dão prioridade para os prazos de entrega curtos e projetos mais ágeis.

Independentemente da estratégia de negócio, é preciso levar em consideração que os recursos aplicados à obra, tais como materiais, equipamentos e mão de obra, devem estar de acordo com a real necessidade do projeto.

Super ou subdimensionamentos podem levar a prejuízos e perda de credibilidade com o cliente final. Por isso, qualquer ajuste que for realizado no percurso do projeto deve ser questionado: este novo ‘insumo’ é realmente necessário? Há maneiras de reutilizar ou otimizar o uso do que já está orçado? Em que impactará ter (ou não ter) este novo recurso?

#4 Busque por bons fornecedores

Ter um bom fornecedor não indica somente a disponibilidade de matéria-prima ou equipamento de qualidade disponível para seu projeto: os parceiros também significam a garantia de prazos de entrega e confiabilidade.

Por isso a importância de escolher bem as empresas fornecedoras – pois, apesar delas não terem contato direto com o seu cliente final, grande parte do que vai ser entregue a ele passa por esses parceiros.

Avaliação dos contratos

Além de escolher bons fornecedores, é preciso fazer uma excelente análise de contrato. Recapitulando a elaboração de um orçamento de obra: seu projeto terá um escopo, no qual constam pequenas atividades envolvidas, e cada atividade terá uma demanda de insumos (matéria-prima, equipamentos, mão de obra).

Se, em algum momento, algum destes falhar, seu projeto tende a entrar em um ciclo de atrasos, que pode se tornar incontrolável – por isso é importante cruzar os contratos que forem firmados. Se um fornecedor não tiver capacidade de entrega dentro do prazo esperado para a realização daquela atividade, é necessário renegociar ou até mesmo buscar por um novo parceiro.

Estes contratos menores devem ser muito bem analisados e associados ao contrato maior (que envolve o cliente final). Assim, sua empresa garantirá qualidade e pontualidade da entrega do projeto.

E você, o que avalia dentro de um orçamento de obra? Ficou com alguma dúvida? Escreva pra gente pelos comentários e até a próxima.